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10/11/2010 - Lula: países ricos deveriam seguir exemplos do Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a única saída para os países ricos resolverem a crise é seguir o exemplo das políticas adotadas pelo seu governo: "aumentar o comércio entre os países, que é evitar o protecionismo entre as nações que fazem o comércio mundial".
Em entrevista após jantar com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em Maputo, Lula pediu humildade aos países ricos e lembrou que "quando há crise nos países ricos não tem ninguém dando palpites de como resolverem o problema. Então, eu estou dando um palpite: façam como se faz no Brasil que as coisas ficam mais fáceis". Ele disse ainda que "cada país precisa fazer as políticas anticíclicas para gerar emprego, gerar consumo, gerar renda e gerar emprego, tudo que aconteceu no Brasil, adotando políticas iguais as nossas".
Segundo Lula, o Brasil resolveu o problema da indústria automobilística em um mês. "Resolvemos o problema do crédito em dois meses e teve país que não resolveu isso até agora", declarou o presidente. Lula lembrou também que "se demorou mais de três meses para encontrar uma solução para a Grécia e permitiu-se, com isso, que um país pequeno causasse uma coisa muito grave em toda a Europa".
Depois de reiterar que, "como em política econômica não tem mágica, mas que ela exige seriedade e previsibilidade e tomar decisões rápidas", Lula insistiu que, na questão do G-20 precisa ter "previsibilidade". E justificou o palpite que estava dando agora pra ensinar os países ricos a saírem da crise comentando que "no sistema financeiro ainda não existe uma política de regulação, não tem um instrumento de fiscalização do sistema financeiro e quando a crise acontecia na Nicarágua ou no Brasil, estava cheio de palpiteiros, de como encontrar soluções".
Lula advertiu, em seguida, que "não é correto que, em uma economia globalizada, que países tomem decisões sem levar em conta a consequência destes acontecimentos em outros países". Segundo Lula, "quando um país que produz a moeda resolve desvalorizar sua moeda no intuito de aumentar sua competitividade no mercado internacional, causa transtornos a outros países que dependem do sequenciamento de uma política comercial no mundo para continuar crescendo de forma justa". E emendou: "Não é possível que alguns países resolvam desvalorizar sua moeda para obterem vantagens internas sem levar em conta os prejuízos que causam em outros países".
O presidente completou dizendo que, na reunião do G-20, em Seul, precisará haver um debate sobre desenvolvimento, política monetária, política cambial, comércio e voltou a defender o fim do protecionismo por parte dos países ricos e a conclusão da Rodada Doha, lembrando que ela estava "a um milímetro" de ser concluída e não se completou porque Estados Unidos e Índia estavam em processo eleitoral. "As pessoas fingem que não levamos dez anos discutindo a necessidade de fazer um acordo comercial, que era o acordo de Doha, que chegamos a um milímetro de fechá-la e, por conta de problemas eminentemente eleitorais dos Estados Unidos e da Índia ele não foi concluído. Já faz dois anos e ele (debate do acordo) não retomou", declarou Lula insistindo que, sem aumento do comércio, do consumo e da produção "fica mais difícil resolver o problema da crise".
Lula comentou ainda que, "pela primeira vez, a crise acontece nos países ricos e que a solução é encontrada primeiro nos países pobres e quem está sustentando a economia mundial são exatamente os países mais pobres, em desenvolvimento, o BRIC, América Latina e África e este é o dado econômico concreto que temos para discutir primeiro no G-20". E ironizou que a reunião será "um encontro de amigos que, no seu caso, o encontro de alguém que vai se despedir e apresentar a nova presidente do Brasil".





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