Após quatro meses de crescimento, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 0,8% em setembro, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ainda assim, ressalta a entidade, o indicador registra 118,3 pontos, 9 pontos acima da média histórica e 2,5 pontos acima do apurado em setembro de 2009, o que demonstra que os consumidores brasileiros continuam otimistas.
A queda no mês foi puxada pela deterioração das expectativas sobre inflação e ao emprego. O indicador que mede a apreensão do consumidor em relação ao aumento de preços piorou 3,2% na comparação com agosto, mas ainda está 3,3% mais positivo do que na avaliação feita em setembro do ano passado.
Já o medo do desemprego aumento 4,9% em relação a agosto, mas ainda é 5,5% menor na comparação com setembro de 2009. Segundo o documento, a piora deste indicador pode ser apenas uma acomodação devido a melhora da pontuação nos meses anteriores.
Apesar disso, a avaliação dos consumidores quanto a sua renda pessoal permaneceu estável no mês, sem variação, enquanto a situação financeira apresentou ligeira melhora de 0,3% em setembro, acumulando alta de 2,6% na comparação anual.
Além disso, o endividamento dos entrevistados caiu pelo segundo mês seguido, 1,3% em setembro ante agosto. Contudo, com a aproximação das festas de fim de ano, os consumidores já planejam aumentar as compras de bens de maior valor, cujo índice aumentou 2,2% em relação ao mês anterior. Foram entrevistadas 3.010 pessoas entre os dias 25 e 27 de setembro.
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