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07/10/2010 - América Latina não pode cantar vitória, diz Banco Mundial
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Segundo instituição, desde a deflagração da crise, região sofreu recessão muito mais curta e recuperação mais acelerada que a prevista

O Banco Mundial (Bird) fez nesta quarta-feira, 6, uma espécie de mea-culpa, ao reconhecer que suas expectativas mais pessimistas sobre o impacto da crise na América Latina não se verificaram. O crescimento econômico da região em 2009, estimado inicialmente em -6%, foi confirmado em -1,7%. De acordo com a instituição, desde a deflagração da crise financeira de 2008, a região sofreu uma recessão muito mais curta - três meses, no caso do Brasil - e uma recuperação mais acelerada que a prevista. O desempenho da região, segundo Álvaro de La Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina, foi similar à do Sudeste Asiático.
Segundo De La Torre, o crescimento econômico previsto para a região - 5,7%, em 2010, e 4,0%, em 2011 - deve-se ao fato de a economia latino-americana ser altamente integrada ao mercado financeiro. Essa conclusão, acentuou ele, contradiz os prognósticos de economistas célebres. "Os países mais globalizados da América Latina foram os que mais rapidamente se recuperaram da crise", concluiu De La Torre.
Os documentos "A Nova face da América Latina" e "A América Latina Aprendeu a Lidar com a sua Pobreza nos Choques Econômicos", divulgados hoje pelo Banco Mundial, mostram que 2,1 milhões de habitantes caíram em condições de pobreza em função da crise. A expectativa, em 2009, era de que 10 milhões fossem atingidos. O desemprego, nas previsões do Banco Mundial em 2009, deveria afetar até 5 milhões de latino-americanos. As estatísticas mais recentes indicam que foram pouco mais de 2 milhões.
Na avaliação do economista do Banco Mundial, além do alto grau de integração ao mercado financeiro mundial, a América Latina foi favorecida por dois outros fatores. Primeiro, a "revolução silenciosa" que foi a transformação das políticas fiscal e monetária e do setor financeiro, vistos como fatores de debilidade nas crises anteriores, em tópicos de amortização do choque externo gerado em 2008. O outro fator foi a integração da América Latina ao mercado financeiro por meio do investimento produtivo estrangeiro, e não pela ampliação da sua dívida externa, como no passado, e da diversificação de mercados para seus produtos.
De La Torre chamou a atenção ainda para a "sorte" da região, que foi beneficiada pela rápida recuperação dos preços das commodities no início de 2009 e pelo "apetite ao risco" dos investidores, que orientaram para a América Latina boa parte do capital antes alocado nos mercados centrais. Por conta desses movimentos, o Banco Mundial vê a América Latina se descolar cada vez mais dos Estados Unidos e da Europa e colar-se aos emergentes asiáticos. "Há maior sensibilidade na região com o que se passa na Ásia", afirmou.
Como recomendações, o Banco Mundial sugere à região "não cantar vitória" e manter a atenção sobre três tópicos. Primeiro, para o fato de que a política monetária está sobrecarregada. Segundo, que se faz necessário adotar medidas macroprudenciais, para evitar que os fluxos de capitais atraídos gerem bolhas e outros desequilíbrios. Por fim, que a região se disponha a uma maior coordenação em nível internacional, especialmente em relação às políticas cambiais. "Isso tornará mais fácil a vida dos Bancos Centrais diante de um cenário de valorização cambial.





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