O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reúne amanhã para homologar o início do horário de verão, que vai do dia 17 de outubro a 20 de fevereiro do próximo ano. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, a expectativa é de uma redução de demanda de cerca de 2,5 mil megawatts (MW) no horário de pico - 1,95 mil MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, e 580 MW no Sul.
O horário de verão é válido em todos os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal. Segundo Chipp, a redução de demanda no horário de pico garante ao Brasil uma economia equivalente a R$ 2,2 bilhões no planejamento de longo prazo do setor. Isso porque o sistema precisa ser preparado para abastecer o horário de pico, mesmo que haja ociosidade em outros horários. Com uma demanda de pico reduzida, a capacidade brasileira de abastecimento de energia pode ser menor. Os R$ 2,2 bilhões citados por Chipp representam a construção de uma térmica a gás para gerar 2,5 mil MW.
O diretor-geral do ONS diz que, além do horário de verão, o CMSE faz um balanço da situação energética do País, que hoje vem despachando térmicas a carvão e gás para manter estoque de água nas hidrelétricas ao fim do período seco - que este ano está mais longo, por conta do fenômeno La Niña. Chipp descartou o acionamento de térmicas a óleo, dizendo que o período de chuvas deve começar no final de novembro.
|