IPC-C1, medido pela FGV, caiu 0,44% no mês passado, após mostrar queda de 0,56% em julho
As famílias de baixa renda continuaram a sentir efeitos de deflação em agosto, embora de forma menos intensa do em julho. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, e que caiu 0,44% no mês passado, após mostrar queda de 0,56% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula altas de 3,75% no ano e de 3,99% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em agosto ficou abaixo da deflação média apurada entre famílias mais abastadas, com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que mostrou queda de 0,21% no mesmo mês. Porém, a taxa de inflação acumulada no ano do IPC-C1 foi maior do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 3,34% no período. Já na taxa acumulada em 12 meses até agosto, o IPC-C1 se posicionou abaixo da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período, quando mostrou avanço de 4,06%.
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, três apresentaram quedas menos intensas ou acelerações de preços em suas taxas de variação de preços, de julho para agosto. É o caso de alimentação (de -1,54% para -1,19%); vestuário (de -1,11% para -0,08%); e habitação (de 0,19% para 0,20%).
As outras quatro classes de despesa apresentaram desaceleração ou queda de preços. É o caso de despesas diversas (de 1,58% para -0,07%); educação, leitura e recreação (de 0,35% para 0,07%); saúde e cuidados pessoais (de 0,25% para 0,02%); e transportes (de 0,01% para 0,00%).
A FGV informou ainda que, em agosto, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em taxa de água e esgoto (1,68%); alho (7,18%); e pão francês (1,41%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em batata-inglesa (-23,88%); cebola (-30,92%); e mamão da Amazônia - papaya (-15,01%).
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