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10/09/2010 - Puxado por etanol, custo de vida em SP avança 0,25% em agosto, diz Dieese
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Inflação medida pelo ICV apresentou maior aceleração nas duas camadas mais baixas de renda

O Índice do Custo de Vida (ICV) passou de 0,14% em julho para 0,25% em agosto. O dado, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mede a inflação na capital paulista. Segundo o Dieese, o indicador sofreu o impacto do aumento de 7,74% do etanol combustível no mês passado. O item pressionou o grupo Transportes, que registrou elevação de 0,82%, a maior contribuição positiva para o ICV.
Enquanto o índice geral ganhou 0,11 ponto entre um mês e outro, ficando em 0,25% em agosto, o ICV para o estrato 1, que engloba os mais pobres, ganhou 0,18 ponto, saindo da queda de 0,01% em julho para uma alta de 0,17% em agosto. Para o estrato 2, o ICV passou de 0,05% para 0,24%, uma aceleração ainda mais acentuada, de 0,19 ponto. O ICV para o estrato 3, dos mais ricos, registrou um ganho menor, de 0,07 ponto, passando de 0,21% para 0,28%.
O estrato 1 corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o estrato 3 reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).
Entre janeiro e agosto de 2010, o ICV acumulou alta de 3,62%. Nos 12 meses encerrados em agosto, a taxa acumulada atingiu o nível de 5,16%. Entre os grupos monitorados, além da alta de 0,82% em Transportes, houve aumentos em Habitação (0,51%), Saúde (0,14%), Vestuário (0,05%) e Alimentação (0,04%). Por outro lado, taxas negativas foram detectadas em Despesas Diversas (recuo de 0,54%), Despesas Pessoais (baixa de 0,22%), Educação e Leitura (queda de 0,14%), Equipamento Doméstico (baixa de 0,08%) e Recreação (recuo de 0,06%).
De acordo com o Dieese, a alta no grupo Habitação resultou de reajustes no subgrupo de locação, impostos e condomínio (0,89%), que foi pressionado pelo aumento de 1,03% dos aluguéis, e no subgrupo de operação do domicílio (0,40%), para o qual contribuiu a alta de 1,03% da tarifa de eletricidade.
O grupo Alimentação, por sua vez, foi marcado pela discrepância, apontou o Dieese. Enquanto os produtos in natura e semielaborados recuaram 0,34%, os produtos da indústria alimentícia subiram 0,12% e alimentação fora do domicílio avançou 0,70%.





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