Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Junior, lembra que processo de fusão reduz a concorrência
O processo de fusões e aquisições verificado recentemente no comércio brasileiro é um caminho perigoso no longo prazo, na opinião do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. "O caminho é perigoso no longo prazo, pois reduz a concorrência, mas este não é o caso do Brasil ainda", disse. "Apesar de as fusões anunciadas parecerem enormes, ainda são pequenas em relação ao tamanho do mercado", acrescentou.
Estão em fase de apuração no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para futuro julgamento, vários negócios entre varejistas, como Ponto Frio e Pão de Açúcar, Pão de Açúcar e Casas Bahia e Ricardo Eletro e Insinuante. Para Pellizzaro Junior, esta é uma tendência do setor já que a necessidade de aumentar capital para manter vendas a prazo é crescente. As operações, segundo o presidente da CNDL, visam a consolidar operações para reduzir custos e ampliar oferta de dinheiro.
"O Brasil deve olhar com atenção para que isso não chegue ao ponto de prejudicar consumidor e o fornecedor", sugeriu Pellizzaro Junior. Ele se disse contrário a intervenções diretas no mercado, como a proibição de fusões, mas é preciso atenção, segundo o presidente da CNDL, para que não haja desequilíbrio no mercado.
|