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16/07/2010 - País deve criar 2 milhões de empregos em 2010, dizem especialistas
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Se número for confirmado, total de vagas criadas no governo Lula será de 11,1 milhões
A criação de 1,473 milhão de postos de trabalho formais no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregos e Geral de Empregados e Desempregados (Caged), indica que o Brasil deve criar pelo menos 2,06 milhões de vagas neste ano, segundo especialistas ouvidos pela Agência Estado. Se esse número for confirmado, o total de empregos criados desde 2003 atingirá 11,14 milhões - marca que supera as 10 milhões de vagas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante a campanha em 2002, que o Brasil precisaria criar.
"Esperamos que serão criados neste ano 2,4 milhões de empregos", comentou a economista do Santander, Luiza Rodrigues. Rafael Bacciotti, analista da Tendências, acredita que podem ser gerados mais 1,1 milhão de postos no segundo semestre, o que representaria 2,5 milhões de postos neste ano. O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, acredita que a marca pode chegar a 2,1 milhões. "Mas não me surpreenderia se o bom ritmo de expansão da economia gerasse no total 2,4 milhões de vagas em 2010", afirmou. Na avaliação do economista da LCA, Fábio Romão, devem ser gerados 2,06 milhões neste ano, o que representaria perto de 587 mil postos líquidos criados no segundo semestre.
Luiza Rodrigues leva em consideração que a criação de 2,4 milhões de empregos formais em 2010 está relacionada com o forte desempenho do nível de atividade, pois o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 7,8% neste ano. De acordo com Pochmann, a geração de quase um milhão de postos de trabalho de julho a dezembro é viável, pois o estoque de vagas líquidas formadas no primeiro semestre foi muito forte, dado que foi o recorde para o período na história do Caged.
Segundo Bacciotti, a desaceleração do nível de atividade no segundo trimestre na margem produziu uma redução do saldo de empregos formais gerados mensalmente em termos dessazonalizados no primeiro semestre. Em janeiro, foram criados perto de 233 mil postos, número que baixou para 199 mil vagas em fevereiro e que retornou aos 233 mil empregos em março. No mês de abril, a marca atingiu 193 mil vagas, que subiu um pouco para 196 mil em maio, número que baixou para 143 mil empregos em junho. Romão lembra que a redução da capacidade de geração de empregos no mês passado está relacionada com a diminuição do ritmo de expansão do País no segundo trimestre.
Depois do PIB ter avançado 2,7% de janeiro a março, na margem, esse número deve atingir 0,7% de abril a junho, chegar a 0,4% no terceiro trimestre e alcançar 1,0% nos últimos três meses do ano, pelo mesmo critério de análise.
Romão destaca que algumas categorias profissionais importantes apresentaram em junho de 2010 uma geração de empregos inferior ao mesmo mês de 2008, que é o parâmetro mensal mais próximo para análise comparação, pois o desempenho do sexto mês de 2009 apresentou resultados baixos devido aos efeitos da crise internacional sobre o País. A indústria, no mês passado, criou 47 mil postos, abaixo dos 54,8 mil em junho de 2008. O comércio apresentou uma geração de 26,6 mil postos no mês passado, marca inferior aos 48,2 mil empregos do mesmo período em 2008. Os serviços, que incluem a administração pública, criaram 59 mil postos em junho de 2010, número menor que as 77 mil vagas criadas em junho de 2008.
Para o segundo semestre, os especialistas preveem uma criação inferior de empregos ao apurado entre janeiro a junho, o que está vinculado ao fato de que a geração de postos no primeiro semestre normalmente é superior ao apurado nos seis meses seguintes. A indústria, por exemplo, reduz o contingente de trabalhadores em dezembro, dado que o pico da produção ocorreu nos meses imediatamente anteriores, em função da fabricação de mercadorias para serem vendidas nas festas de final de ano.
Romão tem uma avaliação um pouco mais cautelosa sobre a geração de empregos no segundo semestre, pois ele acredita que as empresas já recuperaram o estoque de funcionários registrados em relação ao período pré-crise internacional. Mas para Luiza Rodrigues, há uma boa dose de confiança dos agentes econômicos, inclusive dos empresários, sobre as perspectivas favoráveis da economia no longo prazo que permitem prever que a geração de empregos no segundo semestre deve chegar perto de um milhão de vagas. Ele destacou que a Sondagem Industrial realizada pela FGV apontou que em março, 45,1% dos dirigentes de companhias tinham intenção de contratar funcionários nos três meses seguintes. "Essa marca alta ocorreu quando o País estava num nível muito forte de expansão", ressaltou. Em junho, ela ponderou, mesmo com a desaceleração do nível de atividade a pesquisa mostrou que aquele indicador baixou pouco, pois atingiu 44,4%. "Ou seja, a confiança dos empresários está muito favorável para a geração de empregos. Para os dirigentes de empresas, este fator esta relacionado diretamente com a estabilidade da economia, com inflação sobre controle, processo que já ocorre há vários anos", afirmou.
Alta dos juros
A redução do ritmo da economia no segundo trimestre, o que foi exibido por vários indicadores, como o recuo de 5% da produção de veículos em junho na margem, segundo a Anfavea, e a queda de 3,83% das vendas de papelão ondulado no mesmo período, promove um debate indireto entre os especialistas sobre a necessidade do aperto monetário ser muito mais vigoroso no último trimestre do ano. Para Fábio Romão, a Selic deve aumentar 0,75 ponto porcentual na próxima semana e mais 0,75 ponto porcentual no dia primeiro de setembro. "Não há necessidade de maior elevação dos juros devido à clara redução da velocidade do nível de atividade", disse. A LCA estima que o PIB deverá crescer 6,6% neste ano, taxa inferior à alta de 7% manifestada pelo presidente Lula.
Para Pochmann, a alta dos juros deve cessar já, pois a inflação recuou nos últimos meses, o IPCA não se manifesta como um perigo forte no curto prazo e adicionais elevações da Selic podem prejudicar os investimentos, que já são baixos. De acordo com o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo atingiu 18% do PIB no primeiro trimestre, patamar bem inferior à marca de 23% do Produto Interno Bruto vista por vários especialistas como necessária para que o potencial de crescimento do País saía de uma marca ao redor de 4,5% para um patamar mais próximo a 5,5%.
Na avaliação de Rafael Bacciotti e Luiza Rodrigues, os juros precisam ficar acima de 11,75% neste ano para que a inflação fique mais próxima da meta de 4,5% em 2011. Para atingir aquele objetivo, a Tendências acredita que a Selic deve subir mais 0,50 ponto porcentual em outubro, enquanto o Santander avalia que será necessário mais um incremento de 0,50 ponto porcentual também em dezembro, o que levaria a taxa para 12,75%. Mesmo com tais aumentos de juros, a consultoria acredita que o IPCA deve variar de uma alta de 5,4% em 2010 para 4,7% no ano que vem, enquanto o banco espanhol pondera que o índice chegará este ano em 5,5% e atingirá 5% no ano que vem. "O ritmo de atividade está muito intenso e é preciso reduzir sua velocidade para que a inflação atinja um patamar mais sustentável no ano que vem", disse Luiza.





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