O início animador da temporada de balanços nos Estados Unidos sustentou a alta de pouco mais de 1 por cento do Ibovespa nesta terça-feira.
No Brasil, números positivos da incorporadora imobiliária PDG Realty e do setor de varejo também deram confiança ao mercado, estimulando a forte alta de papéis ligados aos dois segmentos.
O principal índice de ações da Bovespa subiu 1,15 por cento, para 63.685 pontos, após cair 0,81 por cento na véspera. O giro do pregão foi de 5,56 bilhões de reais.
Em Nova York, o índice Standard & Poor's 500 avançou 1,5 por cento depois que a produtora de alumínio Alcoa superou as expectativas no começo da temporada de resultados do segundo trimestre.
"O cenário (no exterior) deu uma clareada", disse Rossano Oltramari, analista da corretora XP Investimentos.
Após o fechamento do mercado, aumentando a confiança dos investidores, a Intel divulgou lucro por ação de 0,51 dólar no segundo trimestre, também acima do previsto.
O mercado interno também revelou números que agradaram investidores. A PDG Realty teve a segunda maior alta do índice, com ganho de 3,99 por cento, a 17,20 reais, após anunciar um aumento de 53 por cento das vendas contratadas em relação ao mesmo período do ano passado .
Junto com ela foram várias empresas do setor imobiliário: A MRV subiu 3,23 por cento, a 14,05 reais, a Rossi avançou 2,71 por cento, a 14,79 reais, e a Cyrela ganhou 2,42 por cento, para 21,20 reais.
"Nós identificamos aqui uma oportunidade de compra gráfica em PDG e Rossi", acrescentou Oltramari.
No setor de varejo, Lojas Renner e Lojas Americanas foram os destaques, com alta de 3,91 por cento, a 49,20 reais, e de 3,02 por cento, a 12,98 reais, respectivamente.
Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que as vendas no varejo brasileiro voltaram a crescer em maio .
Pão de Açúcar, que na quarta-feira anuncia a performance de vendas no segundo trimestre, teve alta de 1,05 por cento, a 63,45 reais.
OUTROS DESTAQUES
No lado negativo, as ações que mais caíram dentro do Ibovespa foram as da Usiminas, com baixa de 3,11 por cento das ações PNA, a 50,40 reais, e de 2,09 por cento das ON, a 51,99 reais.
Em termos de volume, as ações preferenciais da Vale dominaram o pregão e tiveram alta de 0,57 por cento, a 38,55 reais, seguidas pelas PN da Petrobras, com ganho de 0,26 por cento, a 27,30 reais.
Fora do índice, as ações ordinárias da Vivo tiveram o terceiro maior volume total do pregão. O giro com os papéis da operadora de celular foi turbinado por uma operação direta com o Morgan Stanley nas pontas de compra e venda. A transação movimentou 3,7 milhões de ações ON da Vivo (2,69 por cento do total no mercado).
Esses papéis caíram 0,55 por cento, a 88,50 reais.
A estreante Renova Energia teve uma sessão de bastante volatilidade. Após a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) com volume quase 75 por cento menor que o inicialmente estimado, as units da produtora de eletricidade chegaram a cair quase 6 por cento no início do pregão, para então se recuperar e fechar estáveis a 15 reais.