O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 0,7% em junho ante maio, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa é bem diferente da apurada no mês passado, quando o índice subiu 0,7% em relação a abril.
De maio para junho, o ICI caiu de 116,1 pontos para 115,3 pontos, na série com ajuste sazonal. Para a FGV, o resultado revela que, apesar da redução em relação ao mês anterior, o índice se mantém em patamar elevado. Na prática, isso sinaliza um movimento de sustentação do ritmo de atividade industrial. Ainda segundo a FGV, o ICI de junho retornou ao nível de abril deste ano e está próximo ao de junho de 2008 (115,4 pontos), período em que a indústria brasileira ainda não havia sido afetada pela crise internacional.
O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,1% em junho, após ceder 0,7% em maio, na série com ajuste sazonal. O segundo componente é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou uma mudança expressiva de cenário ao mostrar taxa negativa de 1,5% este mês, após subir 2,3% em maio.
Na comparação com junho do ano passado, o ICI registrou alta de 27,1%, desacelerando em relação à taxa registrada em maio, de 33,5%, nos dados sem ajuste sazonal. Nesta mesma comparação, sem ajuste sazonal, houve aumentos de 28,6% e de 25,7%, respectivamente, para o ISA e para o IE em junho. O levantamento para cálculo do índice ocorreu entre os dias 2 e 25 deste mês, em uma amostra de 1.187 empresas.
Capacidade
O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria, com ajuste sazonal, alcançou patamar de 85,5% em junho, após registrar 84,9% em maio, segundo a FGV. O Nuci de junho na série com ajuste é o mais elevado desde agosto de 2008, quando atingiu 86,1%. Ele também é superior à média do biênio 2007-2008 (85,1%). No entanto, o nível de junho deste ano ainda é inferior à média dos 12 meses anteriores à crise de setembro de 2008 (85,9%).
De acordo com a FGV, na série de dados sem ajuste sazonal, o nível de uso de capacidade em junho foi de 85,1%. O patamar é superior ao apurado em maio, quando o indicador atingiu 84,6% nesta mesma série.
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