A concessão à iniciativa privada de um terceiro aeroporto em São Paulo voltou à pauta do governo. A reportagem apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já convocou uma reunião com os ministros da Defesa, Nelson Jobim, da área econômica e assessores especiais do Planalto para discutir o decreto com os termos da concessão do novo aeroporto.
A ideia fazia parte do plano emergencial para atacar os problemas do apagão aéreo (2006-2007), mas havia sido arquivada. A medida está sendo desengavetada porque o governo colheu novas informações sobre a situação da demanda atual e a expectativa de movimento criada pela escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O Planalto concluiu, depois de vários estudos de órgãos do governo e de consultorias privadas, que a maioria dos aeroportos das grandes cidades está caminhando para uma situação de colapso - nos feriadões, fins de semana e períodos concentrados de férias, esses aeroportos ficam sem reserva técnica e exibem filas que levam até duas horas para o atendimento dos passageiros.
Ontem, três ministros confirmaram à reportagem que o presidente Lula reabriu a discussão sobre a concessão do terceiro aeroporto de São Paulo à iniciativa privada. Disseram ainda que o presidente deu prazo de dois meses para que a área técnica chegue ao modelo de concessão.
Na semana passada, o governo decidiu que também fará a concessão do complexo aeroportuário de São Gonçalo do Amarante (RN). "Mas esse é um caso bem particular, em condições diferentes da complexidade do novo aeroporto da região de São Paulo", disse um ministro.
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