Dividido sobre a conveniência de dar incentivos aos carros elétricos, o governo avalia a possibilidade de as novidades tecnológicas viabilizarem o nascimento de uma montadora nacional, nos moldes de uma Embraer, a Empresa Brasileira de Aeronáutica. O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, está engajado na oferta de dinheiro público para a pesquisa da tecnologia dos carros elétricos e vê nas mudanças por que passa a indústria automobilística no mundo uma "oportunidade" para empresas nacionais entrarem no negócio. Hoje, o mercado brasileiro, um dos maiores do mundo, é dominado por multinacionais.
A ideia de uma indústria automobilística nacional começou a ser discutida no ano passado, a partir de uma esperada revolução tecnológica provocada pelos carros elétricos. Desde então, a defesa dos carros elétricos ganhou adeptos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em artigo recentemente publicado em livro, o presidente do banco, Luciano Coutinho, escreve que o BNDES deverá ter "papel de destaque" na introdução de veículos elétricos no país, não apenas com crédito, mas com participação acionária em empresas. "A proliferação de veículos elétricos parece ser uma interessante oportunidade para a entrada de outros players na indústria automotiva mundial", diz o artigo, que aposta em "profundas" mudanças na indústria automotiva e em oportunidades para a produção local.
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