Declínio de 1,5 ponto porcentual em seis anos é difícil de ser recuperado com câmbio desfavorável e infraestrutura falha
Uma preocupação comum une empresários urbanos e rurais da Região Sul: a perda de participação das economias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul no PIB nacional. Ainda donos do segundo maior Produto Interno Bruto regional do País, atrás apenas da Região Sudeste, os três Estados encolheram 1,5 ponto porcentual no total da fabricação da riqueza brasileira durante os últimos seis anos.
Em 2003, o Sul alcançou a marca de 17,7% de presença no bolo do PIB nacional, mas registrou preocupantes 16,2% em 2009. O que parece pouco nas estatísticas significa, na prática, uma receita encolhida em cerca de R$ 46 bilhões, valor equivalente a 1,5% do PIB de R$ 3,14 trilhões verificado no ano passado.
No período, a participação do Rio Grande Sul declinou de 7,33% do PIB nacional para 6,4%. No Paraná, a redução foi de 6,4% para 5,8% e, em Santa Catarina, houve estabilidade em 4%.
"A guerra fiscal, as circunstâncias políticas de cada Estado e até mesmo certa acomodação do empresariado têm contribuído para essa curva negativa", afirma o economista José Roberto Ricken, do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná.
O representante da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Fernando Adauto de Souza, lembra que a característica exportadora dificulta a produção de receitas maiores. "Não vamos recuperar nossa participação no PIB se não tivermos uma boa infraestrutura de escoamento da nossa produção."
|