Arrefecimento de preços nos grupos de alimentos, vestuário e transportes contribui para desaceleração
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) perdeu força, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 17, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,64% até a quadrissemana encerrada em 15 de maio, taxa menor do que a apurada no IPC-S anterior, de 7 de maio, quando avançou 0,78%. Ainda segundo a FGV, este foi o menor resultado do índice desde a primeira quadrissemana de janeiro de 2010, quando o índice subiu 0,51%.
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-S, cinco apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços, de até 7 de maio para o índice de até 15 de maio.
As cinco classes de despesa que apresentarem inflação menos intensa, ou até mesmo deflação, foram saúde e cuidados pessoais (de 0,82% para 0,79%); educação, leitura e recreação (de 0,40% para 0,30%); alimentação (de 1,66% para 1,18%); vestuário (de 1,11% para 0,73%); e transportes (de 0,05% para -0,04%). Ainda segundo a fundação, os três últimos grupos foram os que mais contribuíram para a taxa menor do IPC-S. Isso porque, em cada um destes grupos, foram registradas desacelerações de preços importantes, como hortaliças e legumes (de 3,67% para 0,97%), roupas (de 1,57% para 1,13%) e seguro facultativo para veículo (de 4,17% para 1,74%), respectivamente.
As duas classes de despesa restantes apresentaram aceleração de preços. É o caso de habitação (de 0,36% para 0,46%); e de despesas diversas (de 0,14% para 0,36%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 15 de maio, os aumentos de preços mais intensos foram apurados em batata-inglesa (18,11%); leite tipo longa vida (5,86%); e feijão carioquinha (27,50%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas nos preços de tomate (-15,11%); laranja pera ( -8,17%); e álcool combustível ( -4,06%).
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