O novo salário mínimo regional estará em discussão a partir das 10h de hoje, quando o chefe da Casa Civil do governo estadual, Cézar Busatto, receberá dirigentes de centrais sindicais.
Antes, Busatto deve reunir-se com a governadora Yeda Crusius, quando poderá ser decidida a proposta que o governo apresentará no encontro com os sindicalistas. Representantes de entidades empresariais mais uma vez deverão ficar fora da negociação, porque não concordam com a existência do mínimo regional e pedem a sua extinção.
Atualmente, o salário mínimo no Estado varia entre R$ 430,23 e R$ 468,28, dependendo do segmento econômico, 13% acima do mínimo nacional, de R$ 415.
- Pode não parecer muito, mas é um valor significativo para quem ganha pouco. Além disso, o mínimo geralmente é pago para categorias mais frágeis e pouco organizadas, que não têm tanto poder de pressão, como empregadas domésticas - salientou Busatto, ontem à noite.
Decisão final ficará para a Assembléia Legislativa
Em 2007, o salário básico do gaúcho foi reajustado em 5,98%. Este ano, o governo poderá propor um reajuste semelhante, acompanhando o aumento de 5,5% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apurado no período. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o reajuste deveria ser de 23,47%, o que recolocaria o mínimo regional no patamar que tinha quando foi criado, ou seja, 30% acima do piso nacional.
A reunião de hoje é apenas o começo da negociação.
- A definição final ficará para a Assembléia. Possivelmente, teremos de arredondar um valor com o Legislativo - afirma o chefe da Casa Civil.
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