Especialista considera que decisão pode ter sido influenciada pela candidatura de Meirelles
RIO DE JANEIRO - A manutenção da Selic em 8,75% indica alta de 0,5 p.p. na taxa de juros na próxima reunião do Copom em abril, segundo o economista Fernando de Hollanda Barbosa, da FGV do Rio. "Se não subir na próxima, aí será surpreendente. Aí gera preocupação. Porque então pode ser uma guinada política por causa da eleição", afirmou.
De acordo com ele, a possibilidade de influência política nesta reunião "não pode ser descartada", já que, em tese, o presidente do BC, Henrique Meirelles, poderia se beneficiar, caso seja candidato, de não ter subido os juros em sua última reunião. De acordo com ele, "o PIB mostrou que a demanda está subindo mais que a oferta". Também disse que o sistema de metas de inflação indica que os juros devem subir.
|