Meirelles destacou que a estabilidade e a previsibilidade do nível de atividade viabiliza o aumento dos aportes das companhias e o crescimento do País

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ser "inevitável" que o prosseguimento de políticas macroeconômicas responsáveis no Brasil gere custos mais baixos para o governo e a sociedade no longo prazo. "Muito mais importante do que a gestão da taxa de juro real da economia é o alongamento do horizonte de planejamento das empresas e famílias", disse. O presidente do BC destacou que a estabilidade e a maior previsibilidade do curso do nível de atividade viabiliza aumento dos investimentos das empresas e, por consequência, maior crescimento do País.

Meirelles lembrou que de 1980 a 2003, o Brasil registrou uma taxa de expansão média do PIB (Produto Interno Bruto) de 2% ao ano. Esse período poderia ser dividido em duas etapas sendo que do início da década de 80 até meados de 1994, o Brasil vivia sob o signo da hiperinflação, o que propiciava um ambiente muito desfavorável de negócios e incertezas com relação à evolução dos preços. Com a adoção do Plano Real, em 1994, o Brasil sufocou o processo de hiperinflação e começou a registrar níveis baixos embora até janeiro de 1999 o regime de câmbio semifixo tenha levado o BC a adotar taxas de juros de dois dígitos, o que ajudou a provocar níveis de expansão muito fracos do PIB. Em 1999, com o regime de câmbio flutuante, o sistema de metas de inflação e maior rigor fiscal, o País começou a melhorar seus fundamentos macroeconômicos, o que foi essencial para o atual governo registrar maiores taxas de crescimento.

Meirelles destacou que de 2006 a 2008, com a economia bem mais estável e mais previsível o País apresentou avanço médio de 5% ao ano.