O Banco do Brasil registrou no ano passado o maior lucro da história do setor (R$ 10,148 bilhões), com alta de 15,3% na comparação com 2008. O Itaú Unibanco detinha a maior marca até então, com R$ 10,067 bilhões em 2009, considerando os bancos de capital aberto brasileiros.
Essas duas instituições financeiras e o Bradesco ocupam as dez primeiras posições no ranking de maiores lucros do setor, de acordo com cálculos da Economática, efetuados com os resultados ajustados pela inflação medida pelo IGP-DI até dezembro passado.
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No quarto trimestre de 2009, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 4,155 bilhões, montante que equivale a um avanço de 41,1% em relação aos R$ 2,944 bilhões obtidos em igual período do ano anterior.
Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 1,819 bilhão entre outubro e dezembro, 11,9% maior que em igual intervalo de 2008. A estimativa média de nove analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 1,802 bilhão.
No final de dezembro, a carteira de crédito do maior banco do país era de R$ 300,829 bilhões, um incremento de 33,8% em 12 meses.
Essa evolução foi puxada pelo segmento pessoa física, cujos financiamentos deram um salto de 88,1%, para R$ 91,79 bilhões.
A inadimplência, medida pelo total de operações vencidas em prazo superior a 90 dias, atingiu 3,3% no trimestre, acima dos 2,4% de dezembro de 2008, mas menor que o pico de 3,6% alcançado em setembro.
Por isso, o saldo das despesas com provisões para perdas esperadas com calores encerrou dezembro em R$ 18,617 bilhões, 2,4% do que três meses antes, embora ainda 36,2% maior do que o de dezembro de 2008.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio --índice de rentabilidade de um banco-- evoluiu de 47,4% para 56,8% entre o quarto trimestre de 2008 e o de 2009. Em bases recorrentes, houve queda, de 24,5% para 22,5%.
As receitas com serviços no trimestre foram de R$ 3,61 bilhões, crescimento de 17,9% na comparação anual.
No fim de 2009, os ativos totais do BB somavam R$ 708,549 bilhões, ante R$ 521,273 bilhões um ano antes, um avanço de 35,9%.
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