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18/02/2010 - Grécia nega 'golpe' na adesão ao euro
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Falando ontem ao Parlamento grego, o ministro de Finanças, George Papaconstantinou garantiu que o acordo de swap cambial com a Goldman Sachs em 2001 foi legal, pelo menos naquela época.

No início da semana, o New York Times revelou que o governo grego acertou com o banco americano um acordo para camuflar suas dívidas por meio da compra de derivativos. Isso, em 2001, teria garantido a Grécia sua participação no euro, que exigia uma dívida máxima de 3% do PIB. A UE abriu investigações e exige que até amanhã Atenas esclareça suas contas à Bruxelas. A Grécia teria obtido US$ 1 bilhão com esses acordos. Já o banco teria recebido US$ 300 milhões por ajudar os gregos a camuflar o rombo.

A polêmica surge ainda no momento em que a Grécia praticamente perdeu sua soberania financeira e terá de atender às exigências da UE para recolocar suas contas em ordem. Para Papa constantinou, o acordo foi legal "naquela época". Ele também garantiu que seu país seguiu as regras que existiam de estatísticas da UE naquele ano. Segundo o ministro, esse tipo de acordo não é mais permitido e, portanto, a Grécia deixou de utilizar o mecanismo.

A Eurostat, agência de estatísticas do bloco, admitiu que só recentemente ficou sabendo da operação. Os primeiros indícios foram de 2007. A Comissão Europeia então enviou uma missão à Grécia em 2008.

Naquele momento, Atenas informou que os acordos de derivativos não eram mais utilizados. Mas a Eurostat deixou claro em seu relatório daquele ano que estava preocupada com o uso dos derivativos pelos governos europeus.

Outra preocupação é com o eventual envolvimento de Mario Draghi, presidente do Banco Central da Itália e hoje chefe do Conselho de Estabilidade Financeira, órgão criado pelo G-20 para estabelecer as novas regras para os bancos. Draghi foi o vice-presidente do Goldman Sachs entre 2002 e 2005. O banco não fez comentário sobre os acordos, enquanto o BC italiano garante que os contratos foram feitos antes da entrada de Draghi na instituição financeira americana.

Mas o caso grego reflete um desafio enfrentado pelos europeus desde a criação do euro: como garantir que um governo não use de instrumentos financeiros para esconder parte de suas dívidas. Uma série de leis foram impostas a partir de 2002 e governos como o da Itália, Áustria e Finlândia tiveram de rever suas práticas.

A UE também passou a realizar um controle mais duro depois que, em 2001, o escândalo de "criatividade contábil" da empresa americana Enron eclodiu. A UE decidiu que governos não poderiam mais usar parcerias público-privado para jogar dívidas para o futuro. Um dos que teve de mudar foi o então ministro de Finanças do Reino Unido, Gordon Brown, hoje primeiro-ministro. Na época, era chamado de "ministro Enron".

Na Alemanha, políticos dizem que os contribuintes alemães não pagarão pelos erros da Grécia. Horst Seehofer, líder de um dos partidos que formam a coalizão de Angela Merkel, insistiu: "Nenhum euro deve ir para a Grécia." A Grécia precisará de 53 bilhões neste ano para cobrir seu rombo.





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