A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,26% até a quadrissemana encerrada em 30 de novembro, acima da taxa apurada na última quadrissemana de outubro, quando o IPC-S fechou praticamente estável, com uma ligeira alta de 0,01%. O resultado também foi superior ao IPC-S imediatamente anterior, referente à quadrissemana encerrada em 22 de novembro (0,22%). A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda segundo a fundação, esta foi a maior taxa de variação para o índice desde a terceira quadrissemana de setembro de 2009, quando o IPC-S subiu 0,33%.
A principal contribuição para a taxa maior do IPC-S partiu do comportamento de preços dos alimentos. A taxa de inflação deste setor saltou de 0,13% para 0,27% entre a terceira e a quarta quadrissemana do mês passado. A FGV informou que, dos 21 itens que compõem o grupo Alimentação, 15 registraram acréscimos em suas taxas de variação. Dentre estes, o destaque ficou por conta da aceleração de preços de frutas (de 0,17% para 2,59%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice, três apresentaram aceleração de preços ou fim da deflação. Além de Alimentação, é o caso de Vestuário (de 0,82% para 0,92%) e de Despesas Diversas (de -0,20% para 0,05%). Outras três classes de despesa apresentaram desaceleração de preços. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,10% para 0,06%), de Transportes (de 0,33% para 0,22%) e de Educação, Leitura e Recreação (de 0,33% para 0,29%). Já o grupo Habitação manteve a mesma taxa de elevação de preços no período (de 0,26%).
Entre os produtos pesquisados para cálculo do índice, os que apresentaram as altas de preços mais expressivas no IPC-S de até 30 de novembro foram batata inglesa (29,03%), mamão papaia (13,74%) e cebola (9,83%). Já os produtos que registram as quedas de preços mais intensas foram leite tipo longa vida (-7,03%), manga (-25,86%) e pimentão (-10,53%)
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