O dólar comercial abriu em baixa de 0,57%, negociado a R$ 1,744 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista iniciou o pregão em queda de 0,58%, cotado a R$ 1,744. Apoiados na avaliação de que os problemas no Dubai World não têm força para provocar uma segunda onde da crise, os mercados financeiros iniciam o mês de dezembro em tom de recuperação. O euro volta a superar a marca de US$ 1,50 na manhã de hoje. E abre espaço para que o dólar comece o dia em queda também ante o real.
Uma das pressões de alta de alta do dólar ante o real nos últimos pregões, a movimentação em torno da formação da ptax (taxa média calculada pelo Banco Central) que será usada na liquidação dos contratos futuros de dólar com vencimento em dezembro, hoje, foi esgotada ontem, quando a cotação do final do dia ficou em R$ 1,754 no mercado à vista. Internamente, no entanto, ainda permanecem as expectativas em torno de anúncio de medidas para conter a apreciação do real, que estão em estudo pelo governo. Ainda assim, com o dólar acima de R$ 1,75, o entendimento dos analistas é de que há um fôlego para que esse anúncio seja feito.
A avaliação do mercado doméstico é de que R$ 1,70 é a marca que incomoda o governo e que precipita medidas cambiais. Afinal, foi quando a cotação estava ao redor dessa marca que foi criado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% sobre entradas de capital estrangeiro para bolsa e renda fixa e, depois, quando foi anunciada a cobrança de 1,5% também sobre a emissão de recibos de depósitos de ações (DRs, na sigla em inglês). Assim, não há nada que impeça a predominância da influência do cenário externo nos negócios do mercado brasileiro de câmbio hoje e a consequente trajetória de queda do dólar ante o real.
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