O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,5% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa taxa, entretanto, ficou abaixo da apurada no mês passado, quando o índice teve variação positiva de 2,2% na comparação com setembro. Com o resultado de novembro, o ICC avançou de 113,6 pontos para 115,4 pontos de outubro para novembro, registrando o maior nível desde maio de 2008 (115,7 pontos). O índice é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor).
Segundo a FGV, após um período de acomodação durante o terceiro trimestre, o índice cresceu em novembro pelo segundo mês consecutivo. Para a FGV, "o resultado reflete um consumidor satisfeito com a situação atual da economia e das finanças familiares, e moderadamente otimista quanto à evolução da economia nos próximos meses", de acordo com avaliação da fundação.
O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que subiu 2,0% em novembro, a sétima elevação consecutiva, porém menos intensa do que o avanço de 5,6% em outubro; e o Índice de Expectativas (IE), que mostrou alta de 1,2% em novembro, em comparação com a taxa positiva praticamente estável, de 0,2% no mês passado.
Ainda segundo a FGV, o ICC subiu 19,2% em novembro, na comparação com igual mês do ano passado. Em outubro, o indicador avançou 13,3% nesse mesmo tipo de comparação. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 30 de outubro e 20 de novembro.
Bens duráveis
A melhora na intenção de compras de bens duráveis (como automóveis e eletrodomésticos) nos próximos meses foi a maior contribuição para a formação da taxa positiva de novembro do ICC. Segundo a FGV, de outubro para novembro a parcela de consumidores pesquisados que preveem gastos maiores subiu de 9,7% para 11,2%; já a fatia que espera gastos menores caiu de 27,5% para 26,5%.
As perguntas relacionadas a compras futuras não foram as únicas a mostrar bom desempenho em novembro. A FGV informou ainda que, nas perguntas sobre o presente, o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local avançou 2,3% ao passar de 89,6 pontos para 91,7 pontos de outubro para novembro - o maior nível desde março de 2008 (92,8 pontos). Ainda de acordo com a fundação, na comparação com o mês anterior, o porcentual dos que avaliam a situação da economia atual como boa subiu de 18,1% para 19,1%; já a fatia dos consumidores pesquisados que a julgam ruim caiu de 28,5% para 27,4%, no mesmo período.
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