A economia brasileira deve experimentar recuperação robusta em 2010, com expansão prevista de 4,8%, depois de crescimento zero em 2009, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo do qual o Brasil não faz parte) em relatório. "A demanda doméstica deve crescer vigorosamente no último trimestre de 2009 e em 2010, apoiada por um mix de política ainda acomodatícia", disse a OCDE, que recomendou retirada gradual das medidas de estímulo fiscal a partir do começo do próximo ano.
Parte do ímpeto de crescimento vem das medidas adotadas pelo governo, que incluem expansão do crédito e cortes de impostos para muitos produtos de consumo. Mas os cortes tributários fizeram o déficit do governo subir para níveis potencialmente preocupantes. No relatório, a OCDE previu aumento no déficit fiscal para o equivalente a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, de 2,0% do PIB previstos para este ano.
"Uma retirada planejada criteriosa da política de estímulo seria aconselhável a partir do começo de 2010, se a recuperação estiver em andamento, conforme esperado", disse o relatório. Dadas tais políticas prudentes, a OCDE disse que o déficit fiscal do Brasil pode cair para apenas 1,7% do PIB em 2010. A inflação, por sua vez, provavelmente ficará estável entre 4,0% e 4,5% em 2009, 2010 e 2011, previu a OCDE
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