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18/11/2009 - Conter valorização do real desafia o governo
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que um dos desafios da economia brasileira, que está cada vez mais atraindo capitais externos, é evitar uma valorização excessiva da taxa de câmbio. "Certa valorização do câmbio é inevitável, mas temos de evitar exageros", disse o ministro, destacando que o governo já está agindo nesse sentido por meio da compra de dólares e da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital externo. Para Mantega, o IOF busca impedir a entrada de capitais especulativos na economia.
Segundo o ministro, após quase um mês da entrada em vigor da medida, já se pode dizer que ela foi eficaz. "O câmbio estava em trajetória de forte valorização. Conseguimos reduzir a volatilidade. Trata-se de eliminar exageros e evitar excesso de afluxo de capitais para a bolsa brasileira", afirmou o ministro. Ele destacou ainda que é preciso tomar cuidado com o câmbio para evitar que as empresas brasileiras percam competitividade.
Mantega participou ontem do 4º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, quando também projetou que, de 2010 a 2016, a economia brasileira deve crescer de 6% a 6,5% de forma equilibrada, sem que o governo abandone os compromissos com a estabilidade econômica e a responsabilidade fiscal. Promotor do evento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, exigiu medidas de estímulo ao investimento e de contenção da valorização do real. Segundo ele, é preciso abrir espaço para o aumento do investimento público e privado. Para isso, o presidente da CNI defendeu a completa desoneração dos investimentos e a aprovação de marcos regulatórios eficientes, bem como o fortalecimento da qualidade e independência dos órgãos de regulação. "Devemos mudar o eixo da recuperação da economia via consumo para o modelo investidor", afirmou.
Segundo ele, hoje os sinais do governo em relação aos investimentos são ambíguos. Monteiro Neto disse que a decisão do reajuste dos aposentados reforça o modelo de consumo e os modelos de exploração do pré-sal são pouco amigáveis ao capital privado. "Há uma excessiva centralização na Petrobras", criticou. Monteiro Neto considera preocupante o aumento dos gastos com pessoal e dos gastos correntes do governo, reduzindo o espaço para investimentos do setor público. Ele defende a necessidade de reduzir o custo Brasil e avançar na competitividade. "A valorização do real, que agrava o problema, exige mais celeridade na busca da competitividade", declarou.
Segundo Monteiro Neto, a questão do câmbio é preocupante. Ele afirmou ter consciência de que não há solução fácil e que o processo de enfraquecimento do dólar parece inexorável. Disse que há várias frentes de batalha nessa área. A primeira, citou, são os debates sobre o dólar e demais moedas no G-20. Outra questão, destacou, é a discussão dos aperfeiçoamentos da política cambial, de práticas operacionais do Banco Central e de um eventual movimento em direção à convertibilidade. Monteiro Neto reforçou que a indústria não aceita uma posição do governo que não seja ativa.
Ao participar do debate, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou o diagnóstico do governo no pós-crise. Segundo ele, o aumento dos gastos correntes do governo vai trazer, a médio e longo prazos, dificuldades para o País. "A política de relaxamento de juros vai ficar praticamente impossível", previu o senador.
Segundo o parlamentar, o governo reduziu em R$ 65 bilhões o superávit primário nos últimos anos, dos quais R$ 58 bilhões foram decorrentes do aumento com gasto de pessoal e custeio. "Não aproveitamos a redução do superávit para aumentar investimentos", disse.





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