Com taxas de juros ainda baixas para o padrão histórico brasileiro, o investidor que busca a segurança dos fundos conservadores – renda fixa, DI e curto prazo – deve estar bastante atento ao efeito de duas variáveis essenciais à determinação dos rendimentos líquidos da aplicação: a alíquota de imposto de renda e a taxa de administração. A primeira é condicionada pelo tempo que os recursos permanecem investidos, enquanto a segunda guarda relação direta com o valor aplicado. No primeiro caso, quanto maior o tempo, menor a mordida do leão; no segundo, quanto maior a disponibilidade de recursos do investidor, menor a taxa de administração cobrada pela instituição financeira.
De acordo com simulação realizada pelo professor William Eid Jr, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), levando em conta a atual taxa Selic, de 8,75% ao ano, e a alíquota mais elevada de IR, de 22,5% (até seis meses), a rentabilidade líquida pode variar de 3,68% (taxa de administração de 4% ao ano) a 6,47% (taxa de 0,40%). Se os recursos permanecerem investidos por dois anos, o rendimento líquido anual ficará na faixa entre 4,04% (taxa de administração de 4%) e 7,10% (taxa de 0,40%), considerando a alíquota de IR de 15%, a mais baixa do escalonamento desses fundos.
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