O Ministério da Fazenda não acredita que a implantação a taxa de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações financeiras de curto prazo tenha sido responsável pela queda de 75% no ingresso de dólares nos mercados brasileiros. No mês de outubro, conforme dados do Banco Central, o Brasil recebeu o maior volume de recursos externos desde junho de 2007 e o segundo maior desde 1982.
Para o ministro Guido Mantega, a volatilidade dos mercados explica o recuo do fluxo. De acordo com o ministro, a expectativa gerada em torno do crescimento trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, primeiro com a perspectiva de desempenho fraco, depois com a revelação de cifras melhores do que o esperado, geraram oscilações no fluxo de recursos internacionais.
Além disso, o relatório do Fomc - a versão norte-americana do Conselho de Política Monetária (Copom) - sinalizando a tendência dos juros no futuro próximo, teria influenciado na brusca queda do movimento de dólares em relação ao Brasil nos últimos 15 dias. "Nas duas últimas semanas, houve muita volatilidade nos mercados internacionais", argumentou. "Os mercados se pautaram por um conjunto de ações e previsões. Não acredito que apenas o IOF tenha determinado esse fluxo de capitais. Porque, senão, seria de uma eficácia tremenda", afirmou.
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