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07/10/2009 - Bens duráveis puxam aceleração industrial
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Os dados regionais da indústria divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os locais onde há presença forte de bens de consumo duráveis estão registrando uma velocidade de recuperação mais rápida da produção após o tombo gerado pela crise. A avaliação é da economista da coordenação de indústria do instituto, Isabella Nunes.

Como exemplo, ela cita o importante impacto da indústria automobilística em estados que registram crescimento superior ou similar à média nacional (13,5%) em agosto, comparativamente a dezembro do ano passado, como é o caso de Minas Gerais (21,3%), Bahia (13,1%), Paraná (10,8%) e São Paulo (10,6%).

Das seis regiões que mostram os melhores resultados em setembro ante o último mês de 2008, entre as 14 pesquisadas, quatro têm forte presença da indústria de automóveis na economia local. De acordo com Isabella, a pulverização maior da recuperação do setor industrial entre as atividades pesquisadas que ocorreu em agosto também está refletindo nos dados regionais.

No caso de São Paulo, que tem maior peso na indústria regional e foi o principal responsável, em agosto, pelo crescimento de 1,2% na produção do País ante o mês anterior, Isabella disse que a região vem se beneficiando do fato de ter uma estrutura industrial diversificada, que não depende do desempenho de um único setor.
A economista explicou que o bom desempenho do estado de Goiás, único local a registrar aumento na produção (3,2%) em agosto ante igual mês do ano passado, refletiu os dados do setor farmacêutico, “provavelmente” por causa do segmento de medicamentos veterinários.

De acordo com o IBGE, a produção industrial de São Paulo, que responde por cerca de 40% da produção do País, subiu 2,5% em agosto ante julho, acima da média nacional (1,2%) no período. Foi a segunda taxa positiva consecutiva registrada no estado nessa base de comparação.

O índice de média móvel trimestral da indústria paulista também apontou crescimento, de 1,1%, no trimestre encerrado em agosto ante o terminado em julho. Na comparação com agosto do ano passado, porém, a produção na região caiu 6,9%.

Segundo o IBGE, o resultado negativo foi puxado especialmente pelos segmentos de máquinas e equipamentos (-27,4%), veículos automotores (-13,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-36,2%) e metalurgia básica (-25,1%).

No acumulado de janeiro a agosto, a indústria paulista registra queda de 13,1% na produção ante igual período do ano passado e, em 12 meses, acumula recuo de 9,2%.

A produção industrial aumentou em sete das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em agosto, ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Ainda ante o mês anterior, houve variação zero em Minas Gerais e no Paraná. Foram apuradas quedas em cinco regiões. Na comparação com agosto do ano passado, 13 das 14 regiões registraram queda na produção, sendo o único resultado positivo apurado em Goiás (3,2%).






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