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09/09/2009 - Serasa Experian vê estabilidade no calote
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A inadimplência entrou em uma rota de estabilidade após apresentar meses de alta e alcançar seu pico em maio e junho deste ano, em reflexos da crise financeira internacional. De acordo com Francisco Valim, presidente da Serasa Experian na América Latina, o índice de não pagamento na categoria de pessoas físicas chegou a 8,6% no período e o de pessoas jurídicas, oscilou de 2% a 3% - este, em particular, considerado um nível bastante elevado.

Agora, as altas são marginais e apontam para uma tendência de estabilidade. Pegando-se como referência a taxa de calote nos Estados Unidos, de cerca de 2% para pessoa física, os dados brasileiros são elevados. “Infelizmente temos no Brasil um ciclo que contribui para a inadimplência e os juros altos”, disse Valim ontem no Tá na Mesa, da Federasul.

Os bancos cobram juros elevados para evitar a inadimplência, fazendo com que apenas quem realmente necessite vá em busca de empréstimos, justamente um público com maior risco de não quitar os compromissos. O resultado é que 37,5% dos spreads bancários servem para cobrir não pagamentos.

“O importante para melhorar as condições de crédito no Brasil é dispor de mais informações sobre os usuários, conhecer melhor os clientes e o risco de cada um”, observa Valim. Neste sentido, ele critica o projeto de criação do cadastro positivo de pagadores que tramita no Senado, sistema de informação sobre crédito baseado no histórico de capacidade e disposição para pagamento de dívidas do consumidor. Inicialmente, a proposta possibilitaria se conhecer melhor os clientes e oferecer taxas vantajosas aos bons pagadores.

No entanto, a ideia sofreu mudanças no Congresso Nacional, e o resultado hoje é um “Frankenstein” da ideia original, na definição de Valim. “O atual arcabouço regulatório possibilitaria criar um cadastro positivo, mas as instituições financeiras ficam inseguras em tirar o plano do papel, ou esperam uma sinalização positiva do governo”, comenta.

O uso do cadastro positivo na sua forma original, segundo Valim, pode diminuir em cerca de 45% a inadimplência da pessoa física. De acordo com ele, existe uma compreensão geral de que o brasileiro é um mau pagador, com níveis de inadimplência que variaram entre 6,5% a 8,6% nos últimos cinco anos, nível quatro vezes maior do que os países que têm maior participação do crédito no PIB (taxa de 47% no Brasil em junho de 2009. Para mudar essa situação, na visão de Valim, o cadastro positivo, já usado em países como Estados Unidos e Chile, fornece os mecanismos adequados, para avaliar o endividamento e risco dos consumidores, saindo do rol das informações básicas, de renda, e incluindo os compromissos financeiros anteriormente contratados, qual o valor e o prazo para pagamento e com qual perfil ele foi realizado. “Isso ajuda a conhecer o real comprometimento da renda dos clientes”, defendeu o executivo. Com a implantação do sistema, que dependerá de mudanças na legislação do consumidor, Valim avalia que a inadimplência da pessoa física pode baixar dos atuais 8,6% para 3,8%.

Inadimplência atinge recorde histórico no mês passado
A inadimplência média no crédito livre subiu pelo oitavo mês consecutivo em julho. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, a parcela dos empréstimos com atrasos superiores a 90 dias cresceu de 5,7% em junho para 5,9% em julho, no maior nível da série histórica iniciada em 2000. O aumento foi observado apenas nas operações para empresas, cuja inadimplência cresceu de 3,4% para 3,8%, na mesma base de comparação. Nas operações para as pessoas físicas, a inadimplência seguiu em 8,6% pelo terceiro mês seguido.

Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o nível recorde de calotes é explicado como um resultado de movimentos pontuais, principalmente em alguns empréstimos para empresas. Segundo ele, têm pesado o aumento dos atrasos nos descontos de duplicatas e conta garantida, duas das mais comuns operações de crédito entre as pessoas jurídicas, sobretudo entre as de menor porte.

A inadimplência no desconto de duplicatas cresceu de 7,7% em junho para 8,5% em julho. Essa é a maior taxa de atraso entre todas as operações para as empresas e mais que o dobro da média do segmento pessoa jurídica, cuja inadimplência terminou o mês passado em 3,8%. Outra linha que chama a atenção é a conta garantida. Nessa operação, o atraso superior a 90 dias cresceu de 4,5% para 4,7%.





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