estoque de operações de crédito atingiu R$ 1,31 trilhão ao final do mês passado e, em 12 meses, acumula uma expansão de 20,8%. O empréstimo de R$ 25 bilhões concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) à Petrobras contribuiu para a alta de 2,6% nas operações de crédito do sistema financeiro nacional entre junho e julho. Sem essa operação, a expansão teria sido bem menor, de 0,7%.
Com a expansão no mês passado, a participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 45% em julho, de 43,9% em junho. Por isso, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, elevou a previsão para o nível da participação do crédito total no PIB no fim do ano de 45% para 47%. Mas sem o empréstimo à Petrobras, o indicador teria fechado o mês passado em cerca de 44,2%.
De acordo com o BC, a carteira com recursos direcionados teve expansão de 7,8%, para R$ 407,78 bilhões. Em 12 meses, essa carteira cresceu 32,6%. Nesta modalidade, o grande destaque ficou com o Bndes, cujas operações tiveram expansão de 12,2% no mês e 41% no acumulado de 12 meses. No segmento de crédito livre, houve expansão de 0,4% na mesma base de comparação mensal, para R$ 903,58 bilhões. Em 12 meses, a expansão é de 16,1%. Apesar da expansão na margem, o ritmo foi menor do que o registrado entre maio e junho, quando houve um crescimento de 1,09%.
A taxa média de juros do crédito livre caiu pela oitava vez seguida em julho, passando de 36,6% em junho para 36% no mês passado. Essa retração aconteceu nas operações destinadas às pessoas físicas e jurídicas. Na média, a taxa paga pelas famílias diminuiu de 45,6% para 44,9%. Nas operações para empresas, o juro cedeu de 27,4% para 26,7%. BC mostra que parte da redução dos juros foi gerada pela diminuição do spread bancário cobrado nessas operações. Na média, o spread de crédito livre caiu de 27,2 pontos percentuais em junho para 26,8 pontos percentuais em julho. A margem cobrada nas operações para as pessoas físicas caiu de 35,8 pontos percentuais para 25,2 pontos percentuais nas operações para empresas, a queda foi de 18,2 pontos percentuais para 17,9 pontos percentuais.
O BC também mostrou que a média diária de concessões de novos empréstimos no crédito livre ficou em R$ 6,63 bilhões em julho, com queda de 8,7% na comparação com junho. Essa retração ocorreu nas operações para pessoas físicas e jurídicas. Na média diária, a concessão de novos empréstimos para empresas ficou em R$ 4,12 bilhões em junho, equivalente à queda de 10,1% na comparação com o mês anterior. Para as pessoas físicas, a média diária ficou em R$ 2,50 bilhões, com retração de 6,4% ante junho.
Até 14 de agosto, o estoque de operações de crédito livre cresceu 0,2% em relação a julho. E, segundo Lopes, essa expansão foi liderada pelos financiamentos para pessoas físicas, cujo volume aumentou 1,4% na mesma base de comparação. Nas operações para empresas, o saldo dos empréstimos teve contração de 0,8%.
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