Bolsa de Tóquio fechou em queda nesta quinta-feira (3), pois as preocupações com a valorização do iene continuaram a afetar as exportadoras, mas as perdas foram reduzidas pela elevação das ações de metais não ferrosos, na esteira da alta dos preços do ouro. O índice Nikkei 225 recuou 65,82 pontos, ou 0,6%, e fechou aos 10.214,64 pontos.
Os ganhos da Dainippon Sumitomo Pharma também emprestaram sustentação ao mercado, depois que a companhia anunciou ter fechado um acordo para comprar o laboratório Sepracor, dos EUA, numa transação toda em dinheiro avaliada em US$ 2,6 bilhões.
"Há o temor de que o dólar possa se enfraquecer mais, dependendo do resultado da taxa de desemprego nos EUA nesta sexta-feira", disse Toshio Sumitani, estrategista do Tokai Tokyo Research Center. O dólar caiu para 91,94 ienes, seu nível mais baixo desde 13 de julho, parcialmente por causa dos dados mais fracos do que o esperado sobre o nível de emprego no setor privado dos EUA, divulgados ontem, e que alimentaram a previsão de que a recuperação da economia global pode ser mais lenta do que o previsto.
As ações das empresas exportadoras foram prejudicadas pelo movimento do câmbio, com queda de 2,1% na TDK e de 2,4% na Honda Motor. Mas, para Sumitami, o câmbio não deve determinar a direção de médio prazo das ações. "A taxa de câmbio pode ter um impacto nos giros do mercado de ações numa base diária, mas dificilmente terá impacto suficiente para anular os ganhos do Nikkei desde meados de julho", afirmou. Desde 13 de julho, o Nikkei 225 ganhou 13%.
As ações do setor de metais não ferrosos, porém, subiram depois que os contratos futuros de ouro fecharam a US$ 978,50 ontem, a maior cotação em quase três meses, com alta de US$ 22. Sumitomo Metal Mining ganhou 5,6%. Dainippon Pharma subiu 1,2%. Os investidores esperam que a compra do laboratório norte-americano permita á empresa lançar seu medicamento Lurasidone, para esquizofrenia, no mercado dos EUA.
Os bancos tiveram queda maior do que a do mercado. Mitsubishi UFJ Financial Group caiu 2,9% e Mizuho Financial Group cedeu 2,3%, pressionados pelas perdas de seus rivais nos EUA e em meio às preocupações que antecedem a reunião do G-20 neste final de semana, acerca de uma possível reformulação nas exigências de capital. "Se as regras de capital ficarem mais duras, exigindo um aumento da taxa de capital tanto em tamanho como em qualidade, os bancos japoneses podem precisar de mais financiamento em ações", disse um analista. As informações são da Dow Jones.
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