A economia brasileira registrou a criação de 138.402 vagas com carteira assinada em julho, o sexto mês seguido de resultados positivos no emprego formal, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado é o melhor do ano. O número de julho representa a diferença entre 1,398 milhão de contratações e 1,259 milhão de demissões no período.
Devido aos efeitos da crise econômica no Brasil, entre novembro e janeiro haviam sido fechadas quase 800 mil vagas com carteira assinada. Houve recuperação a partir de fevereiro, quando foram criados 9.179 empregos. Em março, foram abertos 34.818 postos; em abril, 106.205 vagas.
O melhor resultado até agora, em 2009, era o de maio (131.557 vagas), seguido por junho (119.495). Mesmo com essa recuperação, o resultado acumulado no ano ficou prejudicado na comparação com 2008. Entre janeiro e julho, foram abertas 437.908 novas vagas. No mesmo período do ano passado, foram criadas 1,5 milhão de vagas.
Houve queda também em relação ao registrado em julho do ano passado, quando houve mais de 200 mil contratações. Pela primeira vez, no entanto, o resultado mensal ficou acima do verificado em 2007 - em julho daquele ano, foram abertas 127 mil vagas. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estatística oficial sobre o emprego formal no País.
Segundo o Caged, todas as regiões do País mostraram um resultado positivo na geração de empregos em julho. Os destaques foram para os estados de São Paulo, com a criação de 52.811 postos de trabalho, a Bahia, com saldo positivo de 9.792, Rio de Janeiro, com mais 9.649 vagas e Ceará, com 9.523. Os estados que tiveram saldo negativo foram o Rio Grande do Sul, com menos 481 vagas, e Roraima, com fechamento de 61 postos de trabalho.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que o resultado de agosto deve superar a marca de 150 mil novas vagas. “Agosto será melhor que julho. Vamos ter uma sequência de resultados positivos que vai surpreender a todos. O comportamento de todos os setores tem sido positivo. A recuperação da indústria tem sido fundamental e a construção civil pegou ritmo de novo”, afirmou.
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