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05/08/2009 - GM avisa que quer mais fornecedores gaúchos
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direção da General Motors (GM) do Brasil pretende abrir mais espaço para empresas gaúchas integrarem a rede de fornecedores da planta de Gravataí. A intenção foi informada ontem pelo vice-presidente da empresa, José Carlos Pinheiro Neto, na sede da fábrica no Estado. “Sejam bem-vindos os fornecedores gaúchos”, avisou Neto, destacando que posição foi tomada pela direção da companhia no Brasil. “Eles concorrerão com as demais empresas e terão de cumprir três condições - preço, qualidade e serviço - para ter chance nos contratos”, esclareceu o executivo.

A expectativa, segundo Pinheiro Neto, é de abrir os processos de concorrência para habilitação de fornecedores dentro de um ano. O vice-presidente explicou, em encontro com a prefeita de Gravataí, Rita Sanco (PT), que as regras e especificações para produtos e serviços serão divulgadas quando for aberto processo para as candidaturas. “E não vamos atender apenas à fábrica de Gravataí. As empresas poderão se habilitar para as demais plantas da GM no País”, adiantou o dirigente.

Atualmente, a planta gaúcha soma 1,4 mil fornecedores, sendo 485 do Rio Grande do Sul. O grupo inclui desde autopeças até suprimentos de uso administrativo e de suporte à atividade. Pinheiro Neto comentou que a abertura a empresas locais é feita desde o começo da operação da montadora, em 1997, mas que agora “é decisão da direção da empresa”.

Em Gravataí, representantes da GM apresentaram o perfil do novo investimento na operação gaúcha à prefeitura e a dirigentes empresariais. Rita Sanco ressaltou que a iniciativa é fundamental, pois o município precisa se preparar para a nova ampliação. “Temos de avaliar o impacto e assegurar condições estruturais para suportar o crescimento”, justificou Rita.

O vice-presidente da GM no Brasil manteve o mistério sobre os dois modelos de automóveis que serão fabricados na planta local. O desenvolvimento do produto e design já ocorre no centro especializado da empresa na área em São Caetano do Sul, em São Paulo. O investimento total será de R$ 2 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão para a montagem da nova plataforma de produção dos dois modelos em Gravataí, e R$ 600 milhões para o projeto em São Caetano.

Pinheiro Neto voltou a falar que o aporte é o primeiro investimento de uma montadora no mundo pós-crise. Também esclareceu que a GM brasileira tem estrutura independente da matriz norte-americana e que também faz parte da nova empresa, criada na reformulação do grupo. “Na prática, não recebemos mais dinheiro da sede e nem enviamos mais para lá”, ilustrou.

O financiamento para a ampliação terá quatro fontes: R$ 1 bilhão virá do caixa próprio da GM no País, R$ 344 milhões serão emprestados pelo Banrisul e estão em fase de contratação, R$ 200 milhões serão repassados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (Brde), com linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), e R$ 456 milhões virão diretamente do Bndes. O executivo esclareceu que a última parcela ainda não foi aprovada pela instituição. “Não temos dúvida de que será liberado”, antecipou.

O novo projeto elevará em mais 150 mil veículos anos a capacidade da planta. Hoje a estrutura está preparada para montar até 230 mil carros. A terceira ampliação em dez anos da empresa permitirá que a produção alcance 380 mil unidades. A nova família de carros integra o projeto Ônix e deverá começar a rodar em 2012.

A construção da nova área começa em 2011. Serão gerados mais mil empregos diretos, além dos 6 mil existentes hoje no site, entre empregados diretos da companhia, das empresas sistemistas e de terceirizados. Com a nova expansão, a fábrica gaúcha será a maior da GM na América Latina. Pinheiro Neto estimou ainda que haverá aumento do número dos fornecedores.

Declaração da montadora anima os fabricantes de autopeças
A declaração do vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, foi recebida com entusiasmo por setores industrias gaúchos. O vice-presidente do ramo de autopeças da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), Paulo Nunes, considerou como grande mudança a postura anunciada pela montadora. “Mostra vontade política declarada de abrir espaço para nossas indústrias e reflete confiança no produto feito pelos gaúchos”, opinou Nunes, que é um dos executivos da Dana, fabricante que já fornece para a fábrica da GM em Gravataí.

O dirigente avalia que a decisão reforça a necessidade de a planta ter fornecedores mais próximos, fator que pesa na competitividade dos produtos por reduzir custos de logística. Uma das inovações da montadora é que a maior parte dos fornecedores diretos está no próprio parque industrial com suprimento imediato de componentes.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Gravataí (Acigra), Leri Ribeiro de Assis, espera maior multiplicação da base local de atividade econômica. Para subsidiar e mostrar o potencial da cidade, a entidade prepara informações a serem repassadas às empresas. O efeito GM na economia do município é estrondoso. De 1,8 mil indústrias em 1997, o número passou a 2,6 mil este ano. O comércio saiu de 9,8 mil estabelecimentos para 15,3 mil no mesmo período, e prestadores de serviços, de 5,3 mil a 13,1 mil.





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