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28/07/2009 - Mais competitiva, poupança eleva captações
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A caderneta de poupança registrou depósitos líquidos (aplicações menos resgates) de R$ 4,5 bilhões em julho, até o dia 21, período que corresponde aos primeiros 15 dias úteis do mês, segundo o Banco Central. Nesse mesmo intervalo de dias no mês passado, a captação da poupança foi de R$ 49 milhões. Ou seja, o resultado de julho (até o dia 21) supera em mais de 90 vezes o de junho. No dia 21 deste mês, o saldo de recursos depositados na caderneta somava R$ 287,9 bilhões, frente aos R$ 279,9 bilhões no mesmo dia de junho. No mês de julho inteiro de 2008, a poupança recebeu um total líquido de R$ 2,2 bilhões e no mesmo mês de 2007, os depósitos foram de R$ 3,5 bilhões.

Dentre os fundos de investimentos mais conservadores, os referenciados DI registravam depósitos líquidos de R$ 215 milhões em julho até dia 21. Já os de curto prazo tiveram resgates líquidos de R$ 389 milhões, segundo os dados compilados pelo site financeiro Fortuna (www.fortuna.com.br). Estas duas categorias de fundos, cuja rentabilidade segue de perto o desempenho da taxa básica de juros, são as que potencialmente mais disputam com a poupança no quesito retorno.


Na semana passada, o BC reduziu novamente a Selic, em meio ponto percentual, para 8,75% ao ano. Os fundos de renda fixa, que compram prioritariamente títulos de dívida pré-fixados, registram captação positiva de R$ 3,8 bilhões no mês.

“De maneira geral, fundos conservadores com aplicação inicial baixa estão perdendo cotistas”, afirma o diretor do site Fortuna, Marcelo D’Agosto. Os referenciados DI, por exemplo, registram a saída de 6,8 mil investidores neste mês (até dia 21), segundo informações do Fortuna. No mesmo período, os fundos de renda fixa tiveram o ingresso de 297 cotistas e os de curto prazo, de 5,7 mil. “Em princípio, parece que não existe uma corrida desenfreada de aplicadores deixando os fundos para investir na poupança, mas a saída de cotistas dos fundos de varejo é uma sinalização de que a poupança está mesmo competitiva”, diz.
É o que ressalta o sócio da consultoria AZ Investimentos, Ricardo Zeno. “Fundos pós-fixados, principalmente os atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), tendem a acompanhar a Selic”, explica. “Contando com a taxa de administração e a incidência de Imposto de Renda, estão remunerando menos que a poupança, então é natural que o investidor observe esta vantagem e migre ao menos parte dos recursos para a caderneta”, afirma. A poupança é isenta do IR e não tem taxa de administração.

“Certamente a poupança está mais atrativa que os fundos DI mais acessíveis”, concorda D’Agosto. Ele pondera que isto não é fator suficiente para desestabilizar o mercado financeiro, nem indício de que ocorrerá a temida migração em massa de investidores para a poupança, mas a saída de cotistas dos fundos voltados ao varejo mostra que a indústria está encontrando dificuldades para enfrentar a boa e velha caderneta. “Como chamariz para posteriores aplicações mais sofisticadas, as carteiras conservadoras acessíveis não estão cumprindo seu papel, o que pode trazer problemas no longo prazo.”

Durante o mês de julho inteiro de 2008, os fundos DI tiveram resgates de R$ 1,3 bilhão, os de renda fixa perderam R$ 3,5 bilhões e os de curto prazo tiveram depósitos líquidos de R$ 913 milhões. No mesmo mês de 2007, os fundos DI perderam R$ 3,1 bilhões, os de curto prazo R$ 524 milhões e os de renda fixa tiveram aplicações de R$ 678 milhões.


Economia já revela os efeitos favoráveis da redução dos juros
O corte de cinco pontos percentuais na taxa básica de juros (Selic) desde dezembro do ano passado já está mostrando efeitos positivos na economia, sobretudo no que diz respeito ao crédito e às contas públicas, mas resultados mais efetivos sobre o mercado de trabalho e os investimentos só deverão chegar a partir do final deste ano, avaliam economistas.

O economista da Unicamp e ex-diretor do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida e o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas apontam a irrigação do financiamento à pessoa física como efeitos mais claros, até o momento, da queda da Selic e esperam para os próximos meses uma reação mais forte do crédito para as empresas.

Gomes de Almeida lembra que os canais de transmissão do corte dos juros para a economia real estão limitados por causa da crise internacional, mas já há efeitos sobre o consumo - via crédito - e nas expectativas dos consumidores e empresários. “Por enquanto, os bancos estão privilegiando o crédito ao consumidor, já que ainda há uma percepção de risco de inadimplência em relação às empresas”, explica.

Segundo ele, o crédito às famílias não está retornando apenas via juros básicos, “mas esse é um fator fundamental”. A expectativa de Gomes de Almeida é que, exceto no caso de a inadimplência das empresas apresentarem deterioração, a tendência é de que o crédito à pessoa jurídica vá retornando aos níveis anteriores ao longo deste segundo semestre. Segundo ele, é possível que até o final deste ano “o crédito retorne ao patamar pré-crise”. Essa retomada, de acordo com o economista, será fundamental para a plena recuperação industrial.

Além do crédito, outro ponto importante de contágio da queda da Selic, segundo Gomes de Almeida, está nas contas públicas. “Isso é fundamental, o governo pode economizar um pouco os recursos que consome nos juros sobre a dívida pública”, disse.

Thadeu de Freitas também aponta os efeitos sobre as contas públicas como um dos mais importantes impactos na economia, até o momento, da redução da Selic. “É o principal efeito no curto prazo, porque o governo pode investir mais”, avalia.

Assim como Gomes de Almeida, ele também cita a restauração do crédito ao consumidor como outro efeito importante dos cortes da Selic, sobretudo no que diz respeito ao alongamento dos prazos de financiamento. Para ele, quanto mais os analistas de mercado confiarem na continuidade do patamar mais baixo da taxa básica, maiores serão os efeitos sobre a economia.



Mercado mantém previsão de 8,75% para Selic em 2009
O mercado financeiro manteve a previsão de que a Selic (a taxa básica de juros da economia) deve seguir estável, em 8,75% ao ano, até o fim de 2009. A informação foi divulgada ontem pela pesquisa Focus do Banco Central, que consulta bancos e empresas sobre as perspectivas para os principais indicadores da economia.
A previsão, feita após a decisão, na semana passada, do Comitê de Política Econômica (Copom) do BC, que reduziu a Selic de 9,25% para 8,75% ao ano, já é repetida pelos analistas há cinco semanas. Para 2010, o mercado ajustou a expectativa e a mediana da Selic para o final do próximo ano caiu de 9,38% para 9,25%, retornando ao patamar observado há duas semanas.


No mesmo levantamento, o mercado manteve a estimativa de que a Selic média no decorrer de 2009 deve ficar em 9,81% ao ano, previsão repetida há quatro semanas. Para 2010, a projeção de taxa média caiu de 9% para 8,9% ao ano, ante 9% ao ano de um mês antes.


Após três semanas seguidas de alta nas estimativas, o mercado manteve a previsão para o índice oficial de inflação, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A mediana das estimativas para o indicador em 2009 seguiu em 4,53%, acima do centro da meta de inflação para o ano, de 4,5%. Há um mês, o número estava em 4,4%.


Para 2010, a mediana das previsões para o IPCA caiu e passou de 4,41% para 4,4%, na primeira queda após quatro altas seguidas. O número estava em 4,32% há quatro semanas. Já a projeção suavizada do IPCA para os próximos 12 meses recuou de 4,14% para 4,1%. Há quatro semanas, analistas esperavam 4,09% para a alta do índice no acumulado dos 12 meses seguintes.


O mercado financeiro também manteve a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2009. Na pesquisa Focus, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) seguiu em -0,34%. A estimativa é melhor que a verificada há quatro semanas, quando estava em -0,50%.


A retração da economia no ano deve ser liderada, na avaliação do mercado, pela produção industrial. Na visão dos analistas, esse setor deve ter contração de 6,29% em 2009, contra a previsão anterior de queda de 6,09%. Essa foi a quinta piora seguida da projeção, que há um mês estava em -5,04%.

Ao contrário desse cenário de contração, a estimativa para 2010 é de recuperação. Porém, a previsão dos analistas para a expansão do PIB do próximo ano cedeu de 3,6% para 3,5%. Em 2010, o setor industrial também deve se recuperar. A previsão de crescimento passou de 4,25% para 4,5%. A mediana para o dólar no fim de 2009 seguiu em R$ 1,95.






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