Em parceria com o Ministério da Cultura, a Fundação Getulio Vargas está desenvolvendo um índice de preços específico que dará uma visão mais aprofundada ao governo do mercado cultural brasileiro. É um mercado que você não tem estatísticas confiáveis sobre ele, afirmou o editor da revista Conjuntura Econômica, da FGV, Cláudio Conceição.
A expectativa é que o novo índice seja divulgado em setembro próximo. Ele vai abranger preços de atividades e produtos ligados à cultura, como cinema, teatro, circo, livros. A idéia básica é balizar os projetos que chegam à Lei Rouanet, disse Cláudio Conceição. Segundo ele, as pessoas encarregadas de analisar e aprovar os projetos que buscam patrocínio federal por meio da Lei Rouanet não têm muita noção do custo de vários itens incluídos em projetos culturais. O novo indicador de preços da FGV servirá para ajudá-los nessa tarefa.
Uma viagem de barco na Amazônia para a produção de um documentário sobre populações ribeirinhas, por exemplo, não tem um parâmetro estabelecido, citou. Então, a gente vai desenvolver um índice mais geral e depois vai começar a segmentar.
A partir do índice, os analistas terão mais elementos para verificar se os custos dos projetos estão corretos e se determinados gastos apresentados devem ou não ser cortados. A cultura vem crescendo no Brasil e ganhando qualidade nos últimos anos, mas ainda não existem estudos sobre o que ela representa na formação do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país.
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